Abstract
Este artigo visa a analisar a significação de algumas hipóteses neurobiológicas — acerca das relações dos raciocínios morais com as emoções — que buscam uma compreensão das bases causais do comportamento humano e do percurso neural que envolve o processo de decision-making. Ao mesmo tempo, proponho defender que, se processos emocionais e processos cognitivos têm percursos neurais próprios e particulares, também é verdade que, no âmbito dos raciocínios morais e da regulação do comportamento, há uma cooperação e integração funcional significativa, a qual inviabiliza uma dicotomia ou subordinação entre processos cognitivos e processos emocionais na constituição do comportamento ético