Abstract
A proposta desse artigo pretende discorrer sobre as manifestações de biopoder tendo como objeto de análise a personagem Gilda da série “Os últimos dias de Gilda”, exibida pela plataforma digital Globo Play. Gilda é uma mulher periférica e não se encontra nos moldes conservadores acerca da figura feminina e é alvo de vários dispositivos da influência do biopoder. A análise se apoia no entendimento de Michel Foucault sobre o tema ao compreender que o biopoder é uma condição previsível nas esferas da convivência humana para controle dos corpos e subjetividades, mas, por outro lado, abre caminhos para a ocorrência de resistência desses corpos como modo de promover a visibilidade e reconhecimento público e político, como é o caso da personagem principal da série.