Abstract
O machismo estrutural, manifestado por microagressões no cotidiano, é um dos principais fatores que perpetuam a desigualdade de gênero. Essas microagressões, embora aparentemente inofensivas, reforçam estereótipos sexistas e consolidam uma hierarquia de poder entre os gêneros. O estudo, através da metodologia fundamentada em análise bibliográfica comparativa, aponta que, por serem naturalizadas, essas práticas afetam o bem-estar psicológico e social das mulheres e dificultam mudanças estruturais em prol da equidade. A cultura histórica de submissão feminina contribui para a segregação ocupacional e a exclusão de mulheres de posições de decisão. O estudo também destaca a importância de uma abordagem interseccional para entender como o machismo se combina com outras opressões, como racismo e desigualdade de classe, o que intensifica as dificuldades enfrentadas por mulheres em situações de vulnerabilidade. Embora a questão legislativa tenha avançado nesse sentido, a eficácia dessas e outras políticas públicas é frequentemente limitada por falhas na implementação e pela resistência de algumas instituições. Para se construir uma sociedade mais justa, é necessário um esforço contínuo e multidimensional, incluindo a reformulação de normas sociais, educação crítica de gênero e mecanismos institucionais que promovam igualdade de gênero em todos os níveis. Por fim, o estudo indica que somente com uma abordagem integrada será possível uma sociedade baseada em equidade e respeito mútuo entre os gêneros.