Abstract
Este trabalho pretende apresentar alguns pontos do pensamento filosófico de Gumbrecht sobre a presença, especialmente, com relação às possibilidades da linguagem. A partir desse logos propõe-se uma crítica introdutória aos conceitos de coisa, de sujeito/objeto, de visão cartesiana do mundo, demonstrando, a partir do autor analisado, as possibilidades de tangibilidade por meio da linguagem e o que isso representa em face dos paradigmas vigentes das ciências instituídas. Através de pesquisa bibliográfica, viu-se que a teoria da linguagem de Gumbrecht é subsídio importante para a reflexão transdisciplinar, etnometodológica e etnoecológica; pode contribuir para um aprofundamento conceitual da “visão dionisíaca de mundo” de Nietzsche e Maffesoli; da “Geografia Humana” e do etnoconceito de “lugar” de Yi-Fu Tuan; dos conceitos de “abertura”, “lida”, “práxis”, “linguagem”, “Dasein”, “Ser-no-mundo” de Heidegger; de “adaptabilidade” de Moran e de “autopoiesis” e da fenomenologia biológica de Maturana.