Abstract
A sociedade foi construída a partir de relações de poder que trataram de segregar e marginalizar alguns grupos. A escola, coexistindo nesse contexto, pode mover-se para a ruptura das desigualdades. Dessa maneira, viabilizar a temática de gênero e sexualidade no cotidiano escolar colabora com uma educação transformadora, voltada ao respeito, à valorização das inúmeras vivências de gênero e sexualidade e ao combate à violência. Frente à possibilidade de intervenção e sem adotar uma postura ingênua de que a instituição escolar é capaz de mudar toda uma sociedade, pode-se afirmar que ela detém poder de transformação na vida dos indivíduos? Para fundamentar essa discussão, contamos com o apoio teórico de autores como Louro, Freire, Hooks, Moreno, entre outros. A fim de alcançar os objetivos desta investigação, foi realizada uma pesquisa de caráter qualitativo, por meio de livros, artigos e dados. Entre outras questões, a pesquisa evidenciou a historicidade presente nos assuntos de gênero e sexualidade nas escolas brasileiras e no currículo formativo, refletindo sobre a responsabilidade do fazer educacional diante do compromisso de uma educação não discriminatória e transformadora.