Abstract
O propósito deste trabalho é destacar na visão socrática a ligação que o homem tem com a cidade e a submissão deste às suas leis. Sócrates, perante uma oportunidade para infringir as leis que ele mesmo concordou mediante a sua própria vivência na Cidade, se mantêm firme na decisão de não fugir, mas ficar e esperar a condenação. O filósofo analisa cuidadosamente cada argumento proposto pelo seu amigo em prol de uma possível fuga, defendendo que o homem justo sempre permanece na cidade, não devido ao que atualmente ela tem feito pelo seu habitante, mas pelo já realizado e pela convenção firmada entre o homem e a Cidade que durante o curso de sua vida nunca foi questionada, pois ainda que as leis sejam consideradas injustas, é injusto o ato proposto pelo seu amigo. É também ressaltado quão dependente o filósofo é da _polis _e como isso se manifesta na sua obediência às leis.