Abstract
Este artigo tem como objetivo argumentar em favor da reaproximação de duas importantes correntes da tradição dialética, a saber, a teoria crítica e o lukacsianismo (em especial, aquele acúmulo teórico tributário da obra tardia de Lukács), nos termos do seu enriquecimento recíproco e das contribuições analíticas que podem surgir de tal convergência para o enfrentamento de um conjunto significativo de questões que animam a filosofia social contemporânea. Para tanto, o texto seguirá um trajeto que discutirá: a) as bases dialéticas para a filosofia social que foram postas, respectivamente, por Hegel e Marx; b) a contribuição efetiva de Lukács e da primeira geração da Escola de Frankfurt para a sistematização e avanço deste campo; c) a sua aproximação inicial, o seu progressivo afastamento e os limites explicitados pelo apartamento das duas linhas teóricas; d) os elementos deficitários das duas correntes que podem obter ganhos reais por meio da sua convergência necessária.