Abstract
Medellín e a Teologia da Libertação têm em comum um contexto social e eclesial marcado por profundas transformações, desafiando os cristãos a se somarem na busca de alternativas à situação de uma sociedade marcada pela injustiça institucionalizada e a exclusão. E tanto Medellín como a Teologia da Libertação foram duas respostas à altura, que dariam muito que falar, que pensar e que fazer. Medellín deu à Igreja na América Latina um rosto próprio, plasmado pelas comunidades eclesiais de base, a leitura popular da Bíblia, por uma Igreja pobre e para os pobres, pela pastoral social e os mártires das causas sociais. A palavra própria lhe foi dada pela Teologia da Libertação, gestada em torno a Medellín, não só “uma nova maneira de fazer teologia” como “uma teologia nova”, a primeira teologia na história da Igreja diferente da única teologia do centro e nascida na periferia.