Sobre o “Ídolo da Mente”: Edmund Husserl e Paul Valéry
Abstract
Este artigo analisa algumas partes estruturais menos exploradas do método fenomenológico tal como compreendido por Husserl, a fim de validar uma tese bipartida. Primeiro, a aplicação de noções fenomenológicas, como ‘modificação de neutralidade’, a distinção entre ego posicional, transcendental e ego imaginativo, a consciência corporal, etc., estimula a desconstrução de uma busca “espiritual” em qualquer sentido tradicional e/ou moderno. Por outro lado, esta abordagem oferece algumas novas possibilidades para a busca de “absolvição transcendental” que é ilustrada aqui pela abordagem criativa de Valéry. Os projetos distintos, porém, complementares de Valéry e Husserl representam muitas das principais mudanças intelectuais na filosofia e literatura ocidental contemporânea.