Abstract
Nos escritos de Joaquim Cerqueira Gonçalves, presbítero franciscano e professor universitário, encontramos uma voz arguta no diagnóstico e na descrição da actual encruzilhada em que se encontram as humanidades, um pensamento esclarecido no que toca à elucidação das causas deste mal-estar e, sobretudo, uma veemente defesa da sua natureza. Este artigo descreve a posição de Cerqueira Gonçalves acerca das relações entre a filosofia e a literatura, mostrando como nesta reflexão se encontra, ao mesmo tempo, uma defesa do singular estatuto das humanidades.