Abstract
Este artigo tem como objetivo investigar o papel da música no interior das considerações de Sartre sobre a obra de arte, com base no período de publicação dos primeiros escritos do autor. Sabe-se que Sartre, em suas poucas investidas sobre estética, conferiu maior densidade ao caso pictórico. No entanto, isso não significa que a música não possua notáveis peculiaridades frente às demais manifestações artísticas. Em especial, quando consideramos as análises do autor sobre o contraste entre a irrealidade e o real, o exame sobre a música nos oferece importantes nuances para a compreensão do problema. Em vista disso, buscaremos examinar o papel desempenhado pela música em A náusea, romance de 1938, segundo o pano de fundo teórico exposto em O imaginário, obra de 1940.