Marx e Nietzsche: Posições acerca do progresso

Prometeus: Filosofia em Revista 11 (28) (2018)
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Abstract

Procuramos investigar a noção do progresso em dois pensadores: Karl Marx e Friedrich Nietzsche. No século XIX, o paradigma do progresso, ancorado no pensamento humanista-iluminista, baseou-se fortemente em uma compreensão que enalteceu um valor teleológico, de temporalidade linear, contínua e irreversível, de ampliação da liberdade humana e da racionalidade da história. Hegel foi quem ofereceu bases importantes para este pensamento. Na posição prometeica de Marx, destacada por sua crença na racionalidade inerente à história e à ciência, permanecemos – ainda que de forma original e percebendo limites – muito próximos ao pensamento humanista-iluminista hegeliano, desenvolvendo, especificamente, um otimismo último acerca do progresso, enquanto positividade e possibilidade de revelar e acelerar a resolução das contradições socio-históricas erguidas com o modo de produção capitalista. Por sua vez, na posição dionisíaca de Nietzsche, destacada por sua descrença na racionalidade inerente à história e à ciência, temos uma crítica categórica ao pensamento humanista-iluminista, desenvolvendo, especificamente, uma oposição ao “falso ídolo” progresso, enquanto valor mediocrizante das potências da vida e constituidor de uma variante decadente de vontade de poder niilista. Em considerações finais, assinalamos algumas positividades e negatividades das posições dos dois pensadores, evidenciando, por fim, um posicionamento contemporâneo sobre a noção.

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