Abstract
O curso de Língua Brasileira de Sinais – Libras, níveis Básico e Intermediário (2020-2021), é um projeto da Secretaria Municipal de Educação de Ilhéus – SEDUC/Ilhéus (Estado da Bahia), em colaboração com o Centro de Referência à Inclusão Escolar – CRIE. Embora já existisse na modalidade presencial desde 2008, o curso na modalidade a distância foi lançado na ocasião do seminário “Setembro Azul”, em setembro de 2020, e foi planejado para atender em média a 200 cursistas. Influenciados pelos valores da Educação Inclusiva, os organizadores destinaram o curso à comunidade ouvinte: professores, gestores, supervisores, orientadores, profissionais não docentes bem, como os familiares de pessoas surdas. Este artigo procura, de um lado, analisar como se deu a distribuição das vagas nas escolas e, de outro, a motivação principal dos cursistas a seguirem as aulas. Desse modo, questiona-se o nível de inclusão da comunidade escolar nos cursos de Libras, demonstrando os principais problemas e desafios da administração municipal. A metologia utilizada foi qualitativa, com a aplicação de questionários; e quatitativa, por meio da análise de arquivos inéditos dos setores da atual gestão da SEDUC/Ilhéus. Como resultado, a pesquisa revela que os cursistas (professores e funcionários não-docentes) não trabalham em escolas com alunos surdos matriculados, o que demonstra que a SEDUC/Ilhéus deve rever a lógica de distribuição de vagas.