Nazismo: conivência popular, atrocidades consentidas
Abstract
A discussão, proposta neste artigo, apresenta uma abordagem sobre o autoengano diretamente relacionado ao comportamento das pessoas em relação ao nazismo, buscando o diálogo com a tese apontada por Hannah Arendt em seu livro As origens do Totalitarismo, sobre o regime impetrado por Hitler na Alemanha nazista. Aborda também a questão do pensamento que determina a convivência do indivíduo consigo mesmo no livro Responsabilidade e Julgamento, notadamente no capítulo intitulado Algumas questões de filosofia moral. Arendt deixa claro que a ausência do pensamento, da reflexão sobre as próprias ações, permitiu que pessoas comuns fossem, no mínimo, coniventes com as atrocidades impetradas pelo regime nazista. A pergunta que se faz é: o autoengano é fruto da ausência de reflexão ou uma opção conveniente pela mentira?