Abstract
Os Ensaios de Michel de Montaigne requisitam justiça num contrato social. O seu trabalho não está no primeiro grupo das correntes contratuais, como deveria estar, nem é bem lembrado no bojo das teorias políticas modernas. Quanto mais o lemos, mais entendemos a preguiça com a sua obra. Na primeira seção discutimos um caminho contratual. Em segundo lugar, argumentamos a clareza de uma sociedade pré-estatal no seu trabalho. Na terceira parte do artigo, apontamos uma razão cética de Estado, baseada numa figura institucional imperfeita, nascida do imperfeito. O conjunto de contradições fratricidas de seu tempo fazem-no convocar uma grande discussão sobre a necessidade da moderação e de instituições. Palvras-chave: Ensaios; Ceticismo; Descompostura; Contrato social.