Abstract
Este artigo pretende investigar a crítica sartreana da teoria da imaginação tal como esta é esboçada em sua obra A Imaginação : ver-se-á que Sartre pretende dar conta de uma nova variação eidética da consciência, a consciência imaginante, e de seu correlato, a imagem como modo específico que esta consciência imaginante possui para apreender uma presença a partir de uma ausência. Assim, a questão: o que deve ser uma consciência para que ela imagine um X qualquer que não está nem realmente e nem presentemente dado no campo fenomênico? Levando a cabo uma desconstrução teórica das psicologias e filosofias seiscentistas e setecentistas, Sartre espera renovar a teoria da imagem a partir de uma análise eidética: nesta toada, a imagem, como veremos, deixará de ser uma mera sensação renascente ou enfraquecida do objeto real. Além disso, a presente obra em curso de análise pretenderá, igualmente, operar uma crítica precisa à noção husserliana de hylé.