Abstract
Este artigo tem como objetivo explorar a temática da vigilância digital, a partir da fundamentação teórica desenvolvida por David Lyon. Através do diagnóstico referente aos desafios proporcionados pelo avanço das tecnologias digitais, a vigilância é interpretada como um fenômeno cultural dos tempos atuais. E visto que a vigilância digital pode indicar preferências, comportamentos, anseios e desejos, perguntamos: a temática não seria suficientemente significativa para ser tratada como questão educacional? Acreditamos que sim. Desta forma, compreender os sistemas de coleta, registro e classificação dos volumosos dados que circulam em enorme velocidade e variedade, pode colaborar para o processo de ressignificação das práticas digitais. Portanto, reivindica-se através da educação, a formação de uma postura crítica digital. O artigo sugere o ensino de filosofia para tal objetivo, justificado a partir da interpretação de uma reflexão ímpar, que se detém à raiz dos problemas, numa perspectiva abrangente e crítica de ruptura com o senso comum.