Abstract
A correspondência entre J. Locke e W. Molyneux é conhecida principalmente como a fonte da famosa questão relativa ao que pode ser aprendido por um homem cego de nascença e que depois ganha a visão. Curiosamente, a correspondência oferece muito pouco esclarecimento sobre a questão. Outros tópicos importantes, entretanto, são apontados e explorados: entusiasmo pela obra de Malebranche, liberdade e responsabilidade, identidade pessoal, etc. Além disso, a correspondência oferece um conhecimento profundo da recepção histórica do Ensaio de Locke, como estes dois correspondentes, que tinham obviamente muita simpatia um para com o outro, discutem a tradução da obra de Locke, suas futuras edições, e as críticas feitas a ela por Synge, King, Sergeant, Stllingfleet, Leibniz, etc