Abstract
As agências dos corpos, dos espaços, das plataformas digitais e da pandemia do Corona vírus na poética das lives de música brasileira realizadas entre 19 de abril e 29 de junho de 2020 são o objeto deste texto. Articula-se o conteúdo observado com um referencial dos estudos pós-estruturalistas europeus, das mediações comunicativas da cultura, e com a Teoria Ator Rede (TAR). Percebeu-se que as plataformas de transmissão modulam a expressão nas lives e têm agências significativas na poética e nas interações entre integrantes do público e entre a recepção e os performers. Também se verificou que os elementos advindos da estética das apresentações ao vivo tradicionais foram reposicionados de maneiras ora fluidas, ora controversas nas lives observadas.