Abstract
ABSTRACT In section XII of the First Inquiry, Hume refers to the two Hellenistic schools of skepticism to present his own view of skepticism, which, however, depends on the ancient skeptics mainly indirectly. Hume's view of skepticism depends crucially on Descartes and post-Cartesian philosophers such as Pascal, Huet, Foucher and Bayle, who reacted skeptically to major Cartesian doctrines but followed one version or other of Descartes's methodical doubt. Although all these post-Cartesian philosophers are relevant in section XII, I focus on the topics in which Descartes himself-besides his skeptical followers-seems directly relevant. After an introductory section on Julia Annas' and Richard Popkin's views of Hume's relation to, respectively, ancient and modern skepticism, I turn to section XII and examine what Hume calls "consequent skepticism about the senses," "antecedent skepticism," and "Academic skepticism." RESUMO Na seção XII da Primeira Investigação, Hume refere-se a duas escolas céticas antigas ao apresentar sua própria visão do ceticismo que, entretanto, depende do ceticismo antigo somente secundária e indiretamente. A compreensão humiana do ceticismo depende principalmente de Descartes e de filósofos pós-cartesianos como Pascal, Huet, Foucher e Bayle que reagiram ceticamente às principais doutrinas cartesianas, mas seguiram uma versão ou outra da dúvida metódica de Descartes. Embora todos estes filósofos sejam relevantes na seção XII, examinarei os tópicos da seção nos quais Descartes parece ser diretamente visado. Após uma seção introdutória sobre as leituras de Julia Annas e Richard Popkin da relação de Hume com, respectivamente, o ceticismo antigo e o moderno, examino o que Hume chama na seção XII da Investigação de "ceticismo consequente sobre os sentidos", "ceticismo antecedente" e "ceticismo acadêmico"