Abstract
O objetivo principal deste artigo é discutir a circulação do mito na sociedade através dos processos comunicacionais, refletindo-se sobre sua dinamização adaptativa aos diversos estratos de consciência social. Para tanto, recorre-se à Teoria Geral do Imaginário de Gilbert Durand, em especial à sua proposta de tópica sociocultural, que define três diferentes níveis de circulação mítica na sociedade: o inconsciente antropológico, a consciência social e a superconsciência normatizadora. Adota-se a definição do imaginário como resultante de uma negociação entre coerções historicamente localizadas e pulsões de origem biopsíquica. Conclui-se que a circulação social do mito é fortemente impulsionada pela comunicação e que ele, a partir dela, exerce sua força regulatória sobre as coletividades.