Abstract
Resumo: Embora ainda sejam escassas as abordagens sobre o amor em Heidegger, tal reflexão pode ser liberada em múltiplos sentidos, sendo objetivo do presente artigo apontar para um deles, talvez o mais abrangente. Para tanto, após introduzirmos breves considerações acerca de trabalhos já existentes, buscamos privilegiar aqui, de início, a centralidade, não do amor como um conceito na obra de Heidegger, mas do sentido do amor em sua própria concepção de Filosofia, tal como ele parece assumir. Todavia, a restrição a esse aspecto da questão pode fazer com que caia em segundo plano algo mais essencial, a saber, que o amor não apenas traduz a essência da atitude pensante, mas compreende toda a discussão heideggeriana sobre nosso modo de ser, da qual emerge o problema da Filosofia e a Filosofia como problema. Em seguida, portanto, partimos para a correspondência entre essa consideração mais geral e a questão das relações de amor entre humanos.: Although studies on love in Heidegger's works are rare, the question can be approached in many ways. This paper aims to discuss one aspect of the question, perhaps the most comprehensive. After a brief consideration of existing works on Heideggerian love, we start from the perspective that love is not a kind of "central concept" in Heidegger's work, but that the meaning of love is central for his concept of philosophy. Restricting our discussion to this point, however, should not let us forget a more essential understanding, which is that love not only refers to the thinking attitude, but comprehends Heidegger's entire discussion of our mode of being; from the latter emerges the problem of philosophy and philosophy as problem. We then proceed to examine the existing correspondence between this more general consideration and the question of relations of love among human beings.