Karl Popper e a questão da mente

Natureza Humana 20 (1) (2018)
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Abstract

Este ensaio tem o objetivo de refletir sobre a abordagem que o filósofo Karl Popper faz sobre a questão da mente. Popper foi um dos filósofos mais importantes do século XX. Sua obra trata de diversos assuntos que vão da ciência, lógica, política, metafísica e da questão da mente. Além de criticar severamente e rejeitar a indução na ciência, Popper tem um critério de demarcação inovador para classificar a ciência da não ciência. Este critério batizado de falseabilidade veio como uma substituição ao critério de verificação. Este critério defende que uma teoria científica é sempre provisória e nunca definitiva. Uma teoria científica é sempre uma conjectura que pode a qualquer momento ser refutada. Com base neste critério, Popper faz uma crítica ao status epistemológico do marxismo a psicanálise. Para ele, estas duas áreas do conhecimento não passam no seu critério de falseabilidade. O marxismo porque teve algumas proposições de sua teoria refutadas e não foi entendida por seus adeptos como uma refutação do marxismo. Estes, para Popper, estavam agindo como dogmáticos. Já a psicanálise, para Popper, colocava suas proposições de tal forma que não poderia ser refutada. Para ele, havia a necessidade de que os teóricos da psicanálise reformulassem a estrutura desta para que suas proposições estivessem abertas à refutação. Para ele, o marxismo deixou de ser ciência quando não aceitou a refutação e a psicanálise, ainda, não é ciência até apresentar suas proposições, de tal forma, que possam ser refutadas. Popper também trabalha a questão da mente quando elabora a teoria dos três mundos. Este seu trabalho está expresso principalmente no livro O Eu e o seu cérebro, escrito em parceria com o ganhador do prêmio Nobel de Medicina, o neurofisiologista John Eccles. Popper ainda trata do deste mesmo assunto em capítulos de suas outras obras e em outros artigos. Esta comunicação discute o tratamento de Karl Popper em relação à questão da mente.

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