Abstract
Este artigo investiga o desenvolvimento do projeto da Cia Graco, que iniciou no formato audiovisual e expandiu-se para apresentações em espaços como museus e teatros. A transição entre esses suportes e ambientes físicos levantou questões sobre as fronteiras rígidas entre linguagens artísticas, particularmente entre o presencial e o audiovisual. Para examinar essas adaptações, foi criado o Sarau Focal, um espaço de pesquisa e discussão coletiva onde artistas, público e pesquisadores analisam o impacto da mudança de formatos e de ambientes na recepção e interpretação da obra. No Sarau Focal, diálogos orientados permitem uma análise crítica e afetiva das práticas da Cia Graco, com ênfase em temas de memória e identidade cultural. Incorporando a metodologia da "escrevivência," o artigo busca unir vivências pessoais e narrativas coletivas, sugerindo que a transição entre mídias e espaços amplia o significado da obra e fortalece o potencial de interseção entre linguagens, realçando as transformações da criação artística contemporânea e periférica.