Abstract
No debate teológico acerca da legitimidade salvífica das religiões, as posições entre os teólogos cristãos se distinguem em torno de três linhas básicas: o exclusivismo, o inclusivismo e o pluralismo. Face a essas posições teológicas que situam a controvertida questão da identidade cristã ante o fato do pluralismo religioso, este artigo resgata uma abordagem teológico-antropológica de corte existencial que afirma o Deus de Jesus Cristo como um Absoluto relacional, conferindo ao cristianismo a autocompreensão histórica de uma identidade construída na alteridade. Convicção e abertura, anúncio e diálogo, tes-temunho e aprendizagem configuram, por conseguinte, o novo e fraterno itinerário dos cristãos e de todos aqueles que, na fé, entregam-se ao Mistério Santo e se decidem por um mundo mais humano e pleno de vida, justiça e paz