Abstract
Investigar a natureza do trabalho de ensinar dos sofistas na Grécia é o objetivo deste artigo. É amplamente reconhecido o preconceito histórico-ideológico que a própria palavra sofista carrega ao longo da história da educação. Afirmamos, preliminarmente, que não vamos arrancar essa marca intrincada que, em certo sentido, assinalou o caráter dos primeiros trabalhadores do ensino na civilização ocidental. No horizonte histórico-filosófico, quando a visão cosmológica é substituída pela antropológica, são os sofistas responsáveis pelo nascimento de nova profissão: a do trabalho de ensinar. De domínio ideológico, político, econômico e vinculado ao âmbito teórico-metodológico, o problema pode ser traduzido na seguinte pergunta: Em que medida pode-se afirmar que o Movimento Sofístico, de fato, era um movimento desprezível e, portanto, aproveitara da sua obra, a educação, em favor da esfera econômica? Indagar os sofistas é perguntar qual é o sentido e os princípios da atividade do ensino em sua abrangência e complexidade histórico-teórica. Sabemos perfeitamente bem que a finalidade prática do trabalho, nessa época, era negada em todos os aspectos. Portanto, queremos responder às causas sobre o sentido, de fato, do trabalho sofístico. De caráter bibliográfico, este artigo tem, as obras de Platão, Aristóteles, Xenofonte e Aristófanes, as secundárias, as de Werner Jaeger, Henri-Marrou, Mario Alighiero Manacorda, Giovanni Reale e Anibal Ponce. Foram consultadas também obras nacionais e internacionais. Palavras-chave: Sofistas. Trabalho. Educação.