Abstract
O presente artigo tem por objetivo apresentar um ensaio genealógico da natureza histórica e discursiva sobre a educação profissional no Brasil, refletindo sobre a construção dos regimes de verdade do currículo do ensino médio integrado ofertado pelos Institutos Federais e as relações de poder estabelecidas nesse processo. As considerações apresentadas dialogam com as teorias pós-críticas do currículo e com o movimento pós-estruturalista ao problematizar algumas condições históricas e discursivas do currículo do ensino médio integrado e observar de que maneira padrões disciplinadores penetram na organização do conhecimento escolar. A argumentação foca no currículo como dispositivo de saber e poder e a ênfase nas repercussões das relações de poder e suas práticas discursivas. Ao dimensionar o tempo, com a marcação histórica do ensino médio integrado, não intencionamos demarcar itinerários históricos, mas os acontecimentos discursivos que se tornam significativos para esse exercício analítico e genealógico.