Abstract
La interpretación estándar de la teoría humeana sobre la identidad personal suele aceptar dos tesis importantes: (T1) no existe un yo o mente dotada de simplicidad e identidad perfecta; (T2) Hume defiende una teoría metafísica específica acerca de la naturaleza del yo o de la mente, según la cual esta es solo un haz de percepciones. Se argumenta que ambas afirmaciones, son falsas. Su aceptación comprometería a Hume con una forma de dogmatismo epistémico y metafísico incompatible con su filosofía experimental. The standard interpretation of Hume's theory of personal identity usually accepts two important theses: (T1) there is no self or mind endowed with simplicity and perfect identity; (T2) Hume defends a specific metaphysical theory regarding the nature of the self or of the mind, according to which it is only a bundle of perceptions. The article argues that both of those statements are false. Accepting them would commit Hume to a form of epistemic and metaphysical dogmatism that is incompatible with his experimental philosophy. A interpretação padrão da teoria humeana sobre a identidade pessoal costuma aceitar duas teses importantes: 1) não existe um eu ou mente dotada de simplicidade e identidade perfeita; 2) Hume defende uma teoria metafísica específica sobre a natureza do eu ou da mente, segundo a qual esta é só uma face de percepções. Neste artigo, argumenta-se que ambas as afirmações são falsas. Sua aceitação comprometeria a Hume com uma forma de dogmatismo epistêmico e metafísico incompatível com sua filosofia experimental.