Sobre o conceito de noeîn em Parmênides

Dissertatio 32:177-191 (2010)
  Copy   BIBTEX

Abstract

O verbo noeîn e sua substantivação nóos pertencem ao vocabulário cognitivo grego na literatura épica e pré-socrática comunicando a ideia de uma apreensão imediata da realidade ou da verdade de um objeto, isto é, um tipo de cognição análogo à percepção sensível em seu caráter intuitivo e direto. Segundo Von Fritz, esses conceitos passaram por uma evolução na qual Parmênides representa um momento decisivo. Em Parmênides, sem perder o aspecto preponderante de uma intuição da natureza das coisas – portanto de captar o ser – o nóos também opera como raciocínio lógico. Quer dizer, noeîn-nóos exerce uma dupla função: é o contato direto com a realidade última e o pensamento discursivo, que argumenta, infere e deduz. Nosso propósito aqui é mostrar como, em Parmênides, essas funções do nóos se encontram articuladas.

Other Versions

No versions found

Links

PhilArchive



    Upload a copy of this work     Papers currently archived: 101,459

External links

Setup an account with your affiliations in order to access resources via your University's proxy server

Through your library

Similar books and articles

Uma reflexão sobre a temporalidade no "Parmênides" de Platão.Gérson Pereira Filho - 2020 - Voluntas: Revista Internacional de Filosofia 11 (1):86.
Quase sagrado.Luiz Carlos Mariano da Rosa - 2019 - São Paulo, SP, Brasil: PZP - Politikón Zôon Publicações.
A obra de arte como objeto comum.Filipe Ferreira Pires Völz - 2017 - Griot : Revista de Filosofia 15 (1):301-323.

Analytics

Added to PP
2019-06-29

Downloads
10 (#1,479,591)

6 months
5 (#1,071,419)

Historical graph of downloads
How can I increase my downloads?

Author's Profile

Citations of this work

No citations found.

Add more citations

References found in this work

The Thesis of Parmenides.Charles H. Kahn - 1969 - Review of Metaphysics 22 (4):700 - 724.
The scope of thought in Parmenides.I. Crystal - 2002 - Classical Quarterly 52 (1):207-219.
Parmenides B 2, 3.W. J. Verdenius - 1962 - Mnemosyne 15 (3):237-237.

Add more references