Abstract
Leitor crítico de Husserl e Heidegger,Levinas contesta o primado idealista da consciênciaintencional e da ontologia sobre a ética.Esta tradição filosófica preserva o privilégio doEu, na instância da Razão e do Ser. Os postuladoséticos que dai derivam resguardam as posiçõesegolátricas, mesmo quando tingidas de universalidade.Pensar uma ética a partir da alteridade é odesafio maior que enfrenta Levinas, abrindobrechas nas concepções de ser e de razão, propondoa relação inter-humana como transcendente-prática que não só sustenta a trama ontológica,mas intervém na própria subjetividade, deforma que o homem ou é moral ou não é humano.