Abstract
Resumo: Neste ensaio filosófico, discute-se o uso superficial que tem sido feito pela academia, de um modo geral, do conceito de necropolítica do filósofo camaronês Achille Mbembe, bem como da apropriação desse conceito nas redes sociais. Expõem-se as origens filosóficas do conceito e a tradição em que ele está inserido, com indicação de fontes fundamentais para sua construção. Com isso, procura-se expor, mesmo que sumariamente, uma definição da necropolítica, ao mesmo tempo que se convoca o leitor ao estudo dos textos necessários para sua compreensão. Buscou-se problematizar, como pano de fundo, uma série de questões que atravessam hoje a academia, quando adota o pensamento decolonial e as tarefas que se encontram pela frente.: This essay is about discussing the superficial use that the academy has made, in general, of the concept of necropolitics, from cameroonian philosopher Achile Mbembe and its use in social media. The philosophical origins of this concept are exposed along with the tradition in which it is inserted and the the bibliographic sources necessary for its construction. It seeks to expose, even briefly, a more precise definition of necropolitics, at the same time that I invite the reader to study the texts necessary for its understanding. We try to problematize, as a background, a series of issues that cross the academy today when it adopts decolonial thinking and the tasks that lie ahead.