Abstract
Filósofos como Jonathan Kvanvig (2003) e Duncan Pritchard (2010) tem argumentado que o entendimento é um estado epistêmico distinto do conhecimento com base no argumento da sorte epistêmica. Eles alegam que dado que o entendimento é compatível com sorte epistêmica e o conhecimento não, então esses estados epistêmicos são distintos. Com base nos autores Christoph Kelp (2017) e Kenneth Boyd (2018), será argumentado que esse argumento não é o suficiente para mostrar que o entendimento e conhecimento são estados epistêmicos distintos. Primeiro, o tipo de cenário que Kvanvig e Pritchard desenvolvem é um cenário em que a sorte é compatível com conhecimento. Segundo, ao desenvolverem os cenários de sorte compatível com o entendimento, eles tomam o objeto avaliativo errado do entendimento. Ao desenvolvermos um cenário com o objeto avaliativo correto para o entendimento, conclui-se que o entendimento não é compatível com sorte epistêmica.