Estratégias no tratamento das paixões

Hypnos. Revista Do Centro de Estudos da Antiguidade 20:1-17 (2008)
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Abstract

A Grécia arcaica e clássica desenvolveu diferentes atitudes diante do tema das pulsões. O mais antigo consiste em tratá-las como um evento externo e substancialmente ingovernável, que se pode apenas sofrer, pelo qual a “vítima” das paixões merece compaixão em lugar de crítica ou desprezo. Segundo essa escola de pensamento, as paixões são uma enfermidade pela qual não se é propriamente responsável. Antifonte de Atenas estabeleceu uma estratégia retórica de intervenção sobre algumas formas graves de perturbação, que lhe permitia contrastar de modo eficaz a idéia de intolerabilidade da própria condição. A estratégia de Sócrates parece apoiar-se na pré-comprensão das paixões.Classic and Archaic Greece developed different attitudes towards the ideaof drive or impulse. The oldest one consists in treating it as an external event which is essentially uncontrollable and something one just undergoes, and so the “victim” of passion deserves compassion instead of criticism and contempt. According to that view, passions are a kind of sickness for which one is not properly responsible. Antiphon developed a strategy of intervention for some forms of serious mental illness that was based on rhetoric, and this allowed him to emphasize in an effective way the idea of the intolerability of one’s own condition. Socrates’ strategy seems to be based on a pre-comprehension of the passions

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