Abstract
Agostinho teoriza sobre o tempo partindo de dois pontos especificos: o tempo interior e o tempo exterior à consciência. Uma e outra abordagem só se tomam possíveis por conta do aspecto criatural do tempo. Assim, o tempo, em seu caráter de criatura, é anterior ao ser humano e, portanto, interior à consciência. Por outro lado, o filósofo vincula o tempo à eternidade. Ao se falar do tempo, a idéia de eternidade está ali implícita.O próprio Agostinho afirma que o tempo é um “quasi vestigium aetermitatis”. Mesmo assim, por ser criatura, 0 tempo tem o seu caráter “objetivo”,ou seja, o de algo exterior à consciência. Na sua busca intelectual, Agostinho vai do movimento à duração do movimento, na esperança de encontrar alguma resposta às suas indagações. Entretanto, é o primado do presente que coroa as suas pesquisas.