Abstract
O presente estudo tem por objetivo discutir a recepção do platonismo na produção lírica de Raul de Leoni (1895-1926). Atualmente, o nome de Leoni é majoritariamente ausente da matriz curricular do ensino de poesia brasileira; sua figura foi praticamente esquecida nos círculos acadêmicos. Não obstante essa lacuna, seu único livro publicado, intitulado Luz mediterrânea (1922), gozou de grande reconhecimento e prestígio entre poetas e críticos do período, dentre eles Alceu Amoroso Lima, Ribeiro Couto e Múcio Leão. A fim de melhor explorar sua obra, o artigo se divide em dois momentos: na primeira seção, aborda-se o lugar da poesia de Leoni e suas peculiaridades; enquanto, na segunda seção, analisam-se os elementos clássicos constituintes de sua produção, demonstrando de que modo o poeta faz uso habilidoso de concepções geralmente atribuídas a Platão. Palavras-chave: Raul de Leoni, Poesia brasileira, Estudos Clássicos, Platonismo no Brasil.