Abstract
Hume seems to tell us that our ideas are copies of our corresponding impres-sions, that we have an idea of necessary connection, but that we have no corresponding impression, since nothing can be known to be really necessarily connected. The paper considers two ways of reinterpreting the doctrine of the origins of ideas so as to avoid the apparent inconsistency. If we see the doctrine as concerned primarily with establishing conditions under which we possess an idea, there is no need for an idea’s “corresponding” impression to be one of which the idea is true. It would be enough that the impression be in some way appropriate for making us master of the idea. Alternatively, if we see the doctrine as concerned primarily with fixing the content of ideas, we might see it operating in the case of causation rather as it must in the case of secondary qualities, conceived in a certain distinctive way. Even if there is “really” no red in the objects , we may regard the idea of red as properly ascribed to any object apt to cause typical sensations in us . Likewise, we may regard the idea of necessary connection as properly ascribed to any pair of objects apt to cause typical habits in us . This view may do justice to Hume’s wish to affirm both that there is such a thing as necessity, resident in the mind, and that there are no knowable necessary connections.Hume parece nos dizer que nossas idéias são cópias de nossas impressões correspondentes, que temos uma idéia de conexão necessária, mas que não temos nenhuma impressão correspondente, visto que nada pode ser conhecido como estando realmente conectado necessariamente. O artigo considera dois modos de se reinterpretar a doutrina das origens das idéias de forma a evitar a aparente inconsistência. Se interpretarmos a doutrina como dizendo respeito fundamentalmente ao estabelecimento das condições sob as quais possuímos uma idéia, não há nenhuma necessidade de uma impressão “correspondente” da idéia ser aquela da qual a idéia é verdadeira. Seria suficiente que a impressão fosse, de alguma maneira, apropriada para que apreendêssemos a idéia. Caso contrário, se interpretarmos a doutrina como interessada fundamentalmente em fixar o conteúdo das idéias, poderíamos ver isto como operando no caso de causação mais propriamente que no caso de qualidades secundárias, concebido de certo modo característico. Mesmo que “realmente” não exista vermelho nos objetos , nós podemos considerar a idéia de vermelho como bem aplicada a qualquer objeto capaz de causar sensações típicas em nós . Igualmente, podemos considerar a idéia de conexão necessária como bem aplicada a qualquer par de objetos apropriado para nos causar hábitos típicos . Esta visão pode fazer justiça à intenção de Hume de afirmar tanto que há tal coisa como necessidade, residente na mente, como que não há nenhuma relação necessária que se possa conhecer