Abstract
Este trabalho visa reconsiderar algumas das minhas discussões prévias sobre o significado dos movimentos diaspóricos contemporâneos, elaboradas de modo amplo sob o tópico “o cosmopolitismo do pobre” (2002). Apresenta-se dividido em três partes: 1) Ressalta a importância a ser concedida ao trabalho artístico (literatura, filme, artes plásticas, etc.) no processo de compreensão da moderna complexidade do tópico; 2) Recomenda que, na teoria diaspórica, se reconsiderem as importantes discussões da responsabilidade de Roger Bastide e de Stuart Hall; 3) Acentua, finalmente, a relevância do ensaio El laberinto de la soledad (1950, em especial o capítulo sobre “el pachuco”), de Octavio Paz. O poeta e ensaísta mexicano é o primeiro a apresentar uma rica e detalhada análise da fuga dos camponeses pobres mexicanos para os Estados Unidos da América.