Abstract
O presente artigo aborda o problema da unidade da obra filosófica de Gilbert Simondon propondo uma interpretação conjunta das duas teses de doutoramento, ILFI e MEOT, defendidas em 1958, a partir de uma mesma noção de transindividual enquanto vínculo ético-político que põe em relação individuações ou indivíduos físicos, biológicos, técnicos e psicossociais na medida em que ressignifica as noções de natureza, alienação, ética e informação. Para tanto, a obra de Muriel Combes acerca da individuação coletiva em Simondon torna-se um expoente para a elaboração crítica de uma filosofia política da individuação, articulando em seu expediente filosófico as diferenças em comum.