Abstract
Este artigo visa compreender o estado da arte do naturalismo contemporâneo a partir da
discussão com posições não naturalistas, em especial as de Moore e Rawls. Parte-se da análise do
argumento central destas abordagens no contexto formal da metaética contemporânea, buscando aferir
a validade da falácia naturalista no contexto atual, bem como de seus limites na aplicação contra o
naturalismo moral. Apresenta-se a discussão entre o naturalismo e o não-naturalismo moral como,
respectivamente, estandartes das perspectivas descritivas e prescritivas da moralidade. O objetivo com
esta comparação é apresentar algumas posições em metaética a fim de melhor entender a situação
contemporânea do debate moral no que tange à naturalização da ética, contrastando teorias da ação e
do valor quanto ao tema da motivação e da normatividade morais.