Abstract
Ao assistir as preleções Sobre o destino do erudito ministradas por Fichte em Iena em 1795, Hölderlin, numa carta a Hegel, define o filósofo como um titã lutando pela humanidade. A partir dessa imagem de Hölderlin, o presente texto procura mostrar a importância da oratória na filosofia de Fichte, em particular nas preleções ministradas em 1794 e 1795 quando de sua admissão na universidade de Iena. Intimamente ligada ao seu projeto de educação do erudito, a oratória constitui um modo de despertar o ouvinte, situado no plano da vida, por meio da palavra vivificada pelo espírito. A partir disso, o presente texto procura estabelecer um paralelo entre a formação do erudito em Fichte e a formação do poeta em Hölderlin.