Estado e Religião Em Santo Agostinho

Basilíade - Revista de Filosofia 5 (9):9-25 (2023)
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Abstract

Situado no norte da África durante a antiguidade tardia, o pensamento político de Santo Agostinho não está sistematizado em um conjunto teórico de obras. É fruto de sua reflexão sobre problemas concretos como a legitimidade de intervenção estatal em querelas religiosas como o conflito entre católicos e donatistas. A visão agostiniana de Estado prevê um engajamento do cristão na esfera política, não no sentido da teocracia medieval, mas tendo em vista sua purificação moral. Acredita que ele deva intervir na esfera privada da fé para evitar a violência extrema, mas não crê que suas instituições possam ser justas se não orientadas pela verdadeira piedade da fé cristã. Para Agostinho uma das razões para a decadência social de Roma é sua crença em falsas narrativas que não levaram os cidadãos a um crescimento moral autêntico, no que em sua visão a Igreja pode e deve colaborar com o Estado.

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