Abstract
Para bem compreender o pontificado de Francisco, é preciso analisar os percursos fronteiriços pelos quais ele transita. O objetivo deste artigo é mostrar o papa Francisco como um homem de fronteiras, que as reconhece em seu valor eclesial, mas também em muito as amplia ou supera. O método utilizado é o da análise qualitativa da bibliografia que mostra o posicionamento do papa nas questões de fronteiras na igreja. O resultado é a apresentação de um diagnóstico das atuais fronteiras doutrinais e estruturais do catolicismo e suas implicações para uma igreja em “estado permanente de missão”. Mostra como o papa Francisco faz o discernimento das fronteiras que se justificam evangelicamente na igreja e aponta para a superação daquelas que não se legitimam na proposta de uma “igreja em saída”, por um processo de reformas como permanente conversão pastoral.