Starting from the antagonism represented by the concurrent projects of JeanPaul Sartre and Michel Foucault in the context of the “sixties”, this article aims to discern the impasses and dilemmas of the theory and the political action in the scope of the contemporary French thought, highlighting the role of intellectuals in the contemporary philosophical time.

Jean-Paul Sartre e Michel Foucault travaram acirrado debate em torno de suas concepções acerca do que é a História. No presente artigo examinaremos o debate entre esses dois autores privilegiando as contribuições que fizeram a partir de suas obras principais nos anos 60. Na Crítica da Razão Dialética Sartre explicita uma noção de História que tem como perspectiva geral a superação e a transformação de estruturas pela práxis humana, determinando assim um lugar fundamental para (...) a atividade do sujeito e de sua consciência na história entendida como processo de totalização dialética. Por outro lado, em As Palavras e as Coisas e em A Arqueologia do Saber, Foucault inscreve sua arqueologia no contexto mais geral de uma mutação epistemológica da história. Seu objetivo é defender uma prática metodológica nova, desfazendo as sujeições antropológicas que, nas suas palavras, permeiam uma concepção obsoleta de história. A partir daí compreende-se sua preocupação em desconstruir uma determinada relação entre dialética-humanismo-história como forjadora de uma “grande evolução contínua e homogênea” para onde tudo converge. Investigando em que medida esta arqueologia esteve voltada para uma contraposição com a noção de história que tem o homem como garantia, isto é, um sujeito que faz a história e garante sua continuidade, veremos que o projeto sartreano de desalienação do homem encontra seu limite, em Foucault, na forma de um projeto de historicização que visa reduzir o lugar desse sujeito transcendental. Finalmente, esses deslocamentos tornam patentes novas possibilidades para se pensar a relação entre história e filosofia. (shrink)

En este artículo se analiza el humanismo de Jean-Paul Sartre y el antihumanismo de Michel Foucault, para abordar, así, la discusión sostenida entre estos dos pensadores. Foucault critica a Sartre por construir su filosofía a partir del concepto de hombre. Sartre reprocha a Foucault su escasa originalidad y el descuido de la historia. Trataremos de mostrar los sesgos que alimentan las posiciones foucaultianas y sartrianas. Mientras que Foucault realiza una lectura (...) apresurada del humanismo sartriano, ubicándolo en la episteme moderna; Sartre orienta, a partir de sus convicciones políticas, las descalificaciones teóricas en contra de Foucault. (shrink)

Este trabalho analisa e o decadentismo bobbiano dialogando-o com existencialismo sartriano. As duas grandes guerras mundiais ocorridas na Europa impactaram significativamente os campos da política, da economia e da cultura europeia. A crise foi vivida pela elite como uma decadência. A crise da filosofia ou filosofia da crise resultou no surgimento do decadentismo, que se constitui em um movimento existencialista que propôs a reflexão sobre a experiência humana no mundo. Amparado no existencialismo proposto por Kierkegaard, Heidegger (...) e Jaspers o decadentismo promove uma tomada de consciência e a exaltação de uma posição diante da vida. Bobbio tem em Jean-Paul Sartre a mais perfeita encarnação do intelectual decadente, na medida em que se constata que os personagens sartrianos são predominantemente decadentes e tem como característica principal a contínua interação entre a reflexão e a vida, entre a paixão vivida e a que se coloca em frente ao espelho da consciência. Metodologicamente o estudo foi desenvolvido por meio da análise da obra El Existencialismo: ensayo de intepretación de Norberto Bobbio e Existencialismo é um humanismo e o Ser e o Nada: Ensaio de uma Ontologia Fenomenológica de Sartre. Nesse sentido, a filosofia da crise esboçada pelos dois pensadores permite uma reflexão profunda sobre a experiência humana no mundo, com a possibilidade constante de estabelecer projetos de realidade humana no mundo. (shrink)

Introduction: La liberté cartésienne.--Les principes de la philosophie.--Méditations.--Lettres: Au P. Mesland, 2 mai 1644. A Élisabeth, janvier 1646.--Les passions de l'âme; des passions en général et par occasion de toute la nature de l'homme.--Discours de la méthode.--Lettre à Élisabeth, 18 mai 1645.--Les passions de l'âme; des passions particulières.

Esse artigo pretende explorar os temas do estatuto e da função do intelectual em dois autores significativos para a questão a partir do século XX: Julien Benda e Jean-Paul Sartre. Trata-se de revisitar as noções de autonomia e engajamento, fundamentais para uma compreensão comparativa entre os dois autores. O texto procura caracterizar de forma ampla o tipo de intelectual defendido por Benda no mesmo passo em que procura evidenciar a gênese e as condições de aparecimento (...) do intelectual para Sartre. O Caso Dreyfus, momento histórico de surgimento do intelectual como o conhecemos, é revisitado a fim de estabelecermos um referencial concreto para as posições dos autores em discussão. A partir dos elementos levantados, procura-se argumentar no sentido das divergências entre Benda e Sartre sobre a natureza e o papel do intelectual, mas também propõe-se evidenciar o solo comum em que os dois autores parecem trafegar. O texto, ainda, aponta questões para se pensar o intelectual a partir das novas condições políticas e sociais na contemporaneidade. (shrink)

A partir da segunda metade do século XX, as políticas econômicas disseminaram um conjunto de dispositivos sutis, no sentido de seu exercício, ao mesmo tempo em que mais plurais, em relação à sua extensão. Um dos principais deslocamentos epistemológicos produzidos pelo discurso neoliberal diz respeito à inserção da subjetividade humana como elemento central da racionalidade econômica. A inclusão da subjetividade na lógica dos cálculos econômicos possibilitou construir a figura do homo oeconomicus como referente antropológico do novo discurso neoliberal. Um dos (...) principais autores nessa jornada é Ludwig von Mises. A teoria misiana é profundamente filosófica: dela é possível coletar toda a estrutura da teoria neoliberal e de seu contraste bifocal entre a ação econômica do mercado e a teoria política do Estado, e nela o homo oeconomicus ocupa um lugar central. A genealogia de Michel Foucault sobre o escopo da governamentalidade neoliberal trouxe um olhar crítico diferente sobre os princípios constitutivos deste discurso. A par da teoria de Mises, a leitura de Foucault nos é precisa, na medida em que nos permite contrastar a razão de governo, constituída ao longo dos modelos de pensamento, com aquela ótica empresarial do homo oeconomicus como um suposto sujeito soberano. O intuito deste ensaio é provocar um cruzamento crítico entre o pensamento de Mises e de Foucault, concentrado principalmente no estudo das contradições que surgem no seio do discurso neoliberal da figura do homo oeconomicus como sujeito soberano, com as práticas de governamentalização desse mesmo homo oeconomicus. O ensaio é constituído de três momentos: primeiramente, nosso objetivo é compreender a teoria do mercado de von Mises, com o intuito de alinhavar alguns conceitos importantes, em especial o conceito de soberania do homo oeconomicus; em seguida, temos como pretensão analisar a teoria de Foucault sobre a governamentalidade neoliberal, acenando em direção ao modo pelo qual a teoria de Mises projeta-se como uma razão econômica de governo; em um terceiro ponto, desenvolvemos algumas implicações derivadas dos cruzamentos das teses sobre a soberania do homo oeconomicus, de Mises, com as análises sobre a governamentalidade desse homo oeconomicus desenvolvidas pelos estudos de Foucault. (shrink)

Este ensayo reconstruye la concepción sartreana de una dialéctica de la historia y la política, tal y como está esbozada en «Cuestiones de método». Se exponen los principios de su articulación del marxismo y el existencialismo, así como sus reflexiones sobre el proyecto existencial como la mediación entre la base económica de la sociedad capitalista y su superestructura ideológica, o en tanto que la mediación subjetiva y práctica entre contradicciones objetivas. Se argumenta que esta idea del proyecto se (...) basa en un dualismo insostenible entre el Saber y lo real, que el concomitante concepto del imaginario se formula problemáticamente en términos de representación y que una perspectiva marxista, sin existencialismo, permitiría tematizar la subjetividad y la contingencia de la historia y la política sin dualismos ni modelos representacionalistas del imaginario. (shrink)

René Girard (1923-2015) est un théoricien littéraire et un anthropologue de renommée internationale. Sa carrière s'est déroulée entre la France et les États-Unis, qu'il a rejoints en 1947, après l'effondrement de son pays et la tragédie de la Seconde Guerre mondiale. Figure majeure du XXe siècle, il laisse une œuvre considérable. Mais la vie de ce penseur unique restait à écrire. Cette biographie suit le parcours personnel, mais aussi les articles et les livres d'un écrivain qui voulut révéler la vérité (...) de la littérature et la violence des institutions humaines. Mettant au jour ces deux refus d'entendre que sont le 'désir mimétique' d'un côté, le 'mécanisme du bouc émissaire' de l'autre, il a fait résonner autrement la parole qui parle dans la Bible et dans les Évangiles. Mais René Girard a aussi été le passeur injustement oublié des ténors de la pensée française qu'il a introduits aux États-Unis et avec qui il a su dialoguer en profondeur: Roland Barthes, Jacques Derrida, Michel Foucault, Lucien Goldmann, Jacques Lacan ou Jean-Pierre Vernant, sans oublier les figures essentielles que furent pour lui Claude Lévi-Strauss et Jean-Paul Sartre. Fruit d'une longue recherche, avec René Girard lui-même, sa famille et ses amis proches, éclairée de témoignages brossant le portrait d'un séducteur qui aurait pu être marchand d'art à New York, d'un existentialiste converti à trente-cinq ans sur la route de Philadelphie ou de l'introducteur malgré lui de la French Theory, cette biographie intellectuelle s'appuie sur de nombreux textes inédits et une riche correspondance. Elle se lit comme le roman d'un siècle de bruit et de fureur."--Page 4 of cover. (shrink)

O presente artigo examina os temas do desejo, da alteridade e da consciência na filosofia de O ser e nada para circunscrever as questões relativas ao problema do solipsismo e da consciência encarnada no existencialismo sartreano. Neste sentido, o texto situa o estatuto da relação erótica no existencialismo sartriano no contexto geral de sua discussão sobre a alteridade e o lugar destinado às carícias sexuais em suas descrições fenomenológicas. Portanto, o objetivo principal deste artigo é o de apontar (...) um aspecto alternativo para considerar o estado tipicamente conflituoso da relação entre as consciências no existencialismo sartriano. De acordo com nossa hipótese, é possível que as carícias sexuais possam representar um momento, ainda que instável, de reciprocidade carnal na relação entre as consciências na filosofia sartriana de O ser e o nada. (shrink)

O texto em questão apresenta o primeiro esboço de uma pesquisa mais ampla acerca da “Transcendência do Ego”, de J.-P. Sartre. Seu desenvolvimento, ora apresentado, pretende articular o sentido mais geral da fenomenologia de Husserlcom a aclimatação, algo abruta, feita por Sartre, no referido texto, da fenomenologia husserliana. Para isso, há que se levar em conta, parece-nos, tanto os problemas propriamente sartreanos que orientam seus interesses teóricos e a dita aclimatação, quanto os limites propriamente husserlianos para tal.

(Spanish) RESUMEN: La libertad absoluta postulada por Viktor Emil Frankl y Jean-Paul Sartre, la Shoah y la creencia en un dios omnipotente, bueno y justo parecen contradecirse. La pregunta por el sentido del sufrimiento de las víctimas del Holocausto (la verdadera catástrofe, el mayor crimen contra la humanidad), simbolizado por Auschwitz, y como punto de inflexión en la historia, es terriblemente dolorosa y parece no tener una respuesta filosófica ni teológica. A mi juicio, es importantísimo distinguir entre (...) las víctimas inocentes de la Shoah que perecieron y las víctimas inocentes que sufrieron un verdadero infierno y perdieron a sus seres queridos, pero que lograron sobrevivir. Ambas son víctimas, por supuesto, pero así como encontrarle un posible sentido al sufrimiento de las víctimas masacradas y gaseadas podría suponer un insulto a su sufrimiento y agonía –en especial, al horror que sufrieron los niños–, el horrible sufrimiento de los supervivientes pudo dar, tal vez, de alguna manera, un sentido a sus vidas después de la liberación de los campos de concentración y exterminio, ya fuera como voz, como protesta o como simple supervivencia. Frankl apuesta por un sentido último (que abraza el sentido del sufrimiento de las víctimas), y Sartre, aunque parezca no apostar por sentido alguno, volcó su vida al compromiso político después de la Segunda Guerra Mundial, y ello parece vislumbrar una minúscula pizca de sentido después de la barbarie. La filosofía de Frankl es un sí a la vida incluso en las situaciones más extremas, un grito casi nietzscheano que exalta el valor de la vida más allá de cualquier sufrimiento. Frankl, padre de la logoterapia y superviviente del Holocausto, abre una puerta a Dios al hablar de un dios inconsciente, una dimensión suprahumana y una fe incondicional, y define la religión como espiritualidad y como la búsqueda del hombre por el sentido último. Según Frankl, la libertad no se contradice con Dios, y la religión existe no a raíz de la barbarie, sino a pesar de la barbarie. El existencialismo sartreano es una filosofía de la libertad radical y de la responsabilidad. El hombre está condenado a ser libre. El ser humano es un ser en el que la existencia precede a la esencia. Somos totalmente responsables de lo que somos. Sartre afirma que la libertad humana es incompatible con Dios. En un mundo sin Dios, la moral la construyen los hombres, con sus propias decisiones y sus acciones, y la existencia y el sufrimiento de las víctimas no tienen sentido alguno. Sartre define al hombre como libertad, responsabilidad, angustia y contingencia. Frankl define al hombre como libertad, responsabilidad, espiritualidad y búsqueda de sentido. Con esta tesis me propongo entrar en la resbaladiza dimensión del dolor, la desesperación, el sentido y sinsentido del sufrimiento de las víctimas (teniendo presente los horrores de Auschwitz, que en teología y filosofía ha simbolizado desde la liberación de los campos la muerte de Dios y la muerte de la moral). Es verdad que no solo los hombres, mujeres y niños judíos fueron víctimas de la barbarie alemana, pero, como reza el mensaje de Elie Wiesel en la exposición permanente del Block 27 del Auschwitz-Birkeanu State Museum: "Not all victims were Jewish in this place, but all Jews were victims". La Shoah no es un episodio dentro de la Segunda Guerra Mundial, sino un punto de inflexión en la historia de la humanidad, y es una catástrofe que nos concierne a todos, hombres y mujeres judíos y no judíos, religiosos e irreligiosos, creyentes e increyentes, como seres libres, responsables y morales que somos –o que deberíamos ser. Muchas de las víctimas del Holocausto, en medio de la desesperación, entraron en las cámaras de gas orando, aferrándose a la esperanza de que ese final espeluznante no era un punto final. Con esta tesis no me propongo de ninguna manera responder a la eterna pregunta de si Dios existe o no, sino que propongo interpretar ese grito hacia Dios como un desesperado anhelo de esperanza. También me propongo encontrar una coherencia en las posturas de estos dos grandes pensadores para quienes la libertad y la responsabilidad definen al hombre: Frankl (quien apuesta por una dimensión suprahumana donde existe un sentido último en el que el sufrimiento de las víctimas tiene que tener algún sentido, aunque ese sentido sea completamente incomprensible en la dimensión humana) y Sartre (el existencialista ateo por excelencia, para quien el mundo, la existencia y el sufrimiento son absolutamente contingentes). En el primer capítulo expongo la logoterapia y el existencialismo sartreano: describo las tres dimensiones del hombre y las tres búsquedas de sentido propuestas por Frankl, y expongo las cinco consecuencias de "l'existence précède l'essence", centrándome en la libertad y la responsabilidad, y hablo del suicidio. El segundo capítulo está dedicado al dios inconsciente frankleano, la dimensión suprahumana, la búsqueda por el sentido último y la fe incondicional. En el tercer capítulo ilustro la libertad sin Dios sartreana, la ontología sartreana, el ateísmo sartreano y el humanismo sartreano, y hablo sobre la responsabilidad, la mauvaise foi, la contingencia, la situation y la angustia. El cuarto capítulo es necesariamente histórico (sin dejar de ser filosófico): me pregunto por la muerte de Dios después de Auschwitz, argumento y defiendo la unicidad del Holocausto (la Shoah es un punto de inflexión en la historia de la humanidad), describo las masacres antes de los campos de exterminio (Einsatzgruppen, Ordnungspolizei y Wehrmacht), el gigantesco complejo de Auschwitz (Stammlager, Auschwitz-Birkenau y Monowitz-Buna), reflexiono sobre Dios y el mal (centrándome en los niños de Auschwitz), describo los días de Frankl en Auschwitz, hablo de Dios como esperanza, de la inmortalidad y la escatología, de la crueldad de Dios, de la relación entre el cristianismo y el antisemitismo, del islam y el antisemitismo, critico el silencio de Dios, hablo de la muerte de Dios y del juicio contra Dios. En el quinto capítulo expongo la moral frankleana (una moral que atañe al hombre y no a Dios), basándome en su teoría del amor y en su única obra de teatro (Synchronisation in Binkerwald), y la moral sartreana (una moral que atañe a una humanidad sin Dios), recordando a Dostoyevsky, analizando la famosa cita de Garcin en Huis clos "L'enfer, c'est les Autres", criticando el marxismo de Sartre y cuestionando (con la mirada de Frankl y Sartre) el verso de Brecht "Erst kommt das Fressen, dann kommt die Moral"; al final del capítulo incluyo una reflexión propia y las críticas frankleana y sartreana sobre la impunidad de los verdugos y colaboradores después del Holocausto (con el permiso de Dios). Después de la Conclusión, añado un Apéndice sobre las vidas de Frankl y Sartre, para poder entender mejor su obra. PALABRAS CLAVE: logoterapia, existencialismo sartreano, búsqueda de sentido, libertad, responsabilidad, moral, angustia, sufrimiento, supervivientes, víctimas, contingencia, espiritualidad, religión, Dios, esperanza, antisemitismo, culpa, Auschwitz, Holocausto, Shoah. /// (English) ABSTRACT: The absolute freedom defended by Viktor Emil Frankl and Jean-Paul Sartre, the Shoah and the belief in an omnipotent, benevolent and just God seem to contradict each other. The question of the meaning of the victims' suffering of the Holocaust (the true catastrophe, the biggest crime against humanity), simbolised by Auschwitz and as a turning point in History, is terribly painful and doesn't seem to have an answer. In my opinion, it's crucial to distinguish between the innocent victims of the Shoah who perished and the innocent victims who sufferend a real hell and lost their loved ones, but managed to survive. Both are victims, of course, but just as finding a possible meaning to the suffering of the massacred and gassed victims could result in an insult to their suffering and agony –especially to the horror that the children suffered– the gigantic suffering of the survivors could, maybe, somehow, give a meaning to their lives after the liberation of the concentration and extermination camps, either as a voice, as a protest, or as a simple survival. Frankl believes in an ultimate meaning (that embraces the meaning of the victims' suffering), and Sartre, even if it appears not to embrace any meaning, turned his life to political engagement after War World II, and that attitude seems to give a tiny glimpse of meaning after the barbarity. Frankl's philosophy says yes to life even in the most extreme situations, and it's a Nietzschean-like scream that exalts the value of life beyond any monstrous suffering. Frankl, the father of logotherapy and a Holocaust survivor, opens a door to God when he talks about an unconscious God, a supra-human dimension and an unconditional faith; he defines religion as spirituality and as man's search for ultimate meaning. According to Frankl, freedom is not contradictory with God, and religion exists not because of the barbarity but in spite of the barbarity. Sartrean existentialism is a philosophy of radical freedom and responsibility. Men are condemned to be free. We are beings where the existence precedes the essence. We are completely responsible of what we are. Sartre argues that human freedom is incompatible with God. In a godless world, morality is constructed by people, with their own choices and actions, and human existence and the suffering of the victims don't have any meaning. Sartre defines man as freedom, responsibility, Angst and contingency. Frankl defines man as freedom, responsibility, spirituality and search for meaning. With this dissertation I attempt to enter in the slippery dimension of the pain, despair, meaning and meaninglessness of the victims' suffering (having in mind the horrors of Auschwitz, that in theology and in philosophy have simbolised, since the liberation of the camps, the death of God and the death of morality). It's true that not only Jewish men, women and children were victims of the German barbarity, but, as Elie Wiesel's message from the permanent exhibition from Block 27 of the Auschwitz-Birkeanu State Museum reads: "Not all victims were Jewish in this place, but all Jews were victims". The Shoah is not an episode inside War World II, but a turning point in the history of humankind, and a catastrophe that embraces us all, Jewish and not not Jewish men and women, religious and not religious, believers and not believers, as the free, responsible and moral beings that we all are –or that we should be. A lot of the victims, in the midst of their desperation, entered into the gas chambers praying, holding to the hope that their horrifying end was not the ultimate end. With this dissertation I do not attempt to answer the eternal question of the existence of God, rather, I will try to interpret that scream to God as a longing for hope. I also intend to find a coherence between the thought of these two great thinkers for whom freedom and responsibilty define man: Frankl (who argues that there is a suprahuman dimension where an ultimate meaning exists and where the victims' suffering has to have a meaning, even if this meaning is completely incomprehensible in the human dimension) and Sartre (the atheist existentialist par excellence, for whom the world, human existence and suffering are absolutely contingent). In the first chapter I expose logotherapy and Sartrean existentialism: I describe the three dimensions of man, the three searches for meaning, the five consequences of "l'existence précède l'essence" and I speak about suicide. The second chapter delves into the unconscious God, the supra-human dimension, the ultimate meaning and the unconditional faith. In the third chapter I expose the freedom without God defended by Sartre, Sartre's ontology, Sartre's atheism, Sartre's humanism, and his ideas about responsibility, mauvaise foi, contingency, situation, and Angst. The fourth chapter is necessarily historical (while being philosophical too): I wonder about the death of God after Auschwitz, I argue and defend the uniqueness of the Holocaust (the Shoah is a turning point in the history of humankind), I describe the massacres before the extermination camps (Einsatzgruppen, Ordnungspolizei y Wehrmacht), the gigantic Auschwitz camp complex (Stammlager, Auschwitz-Birkenau y Monowitz-Buna), I reflect on God and evil (focusing on the children of Auschwitz), I describe Frankl's days in Auschwitz, I talk about God as hope, about immortality and escathology, I discuss God's cruelty, the relationship between Christianity and antisemitism and Islam and antisemitism, I question the silence of God, and I talk about the death of God and about the trial against God. In the fifth chapter I talk about the Franklean morality (a morality that concerns man and not God), on the basis of his love theory and his only work of theater (Synchronisation in Binkerwald), and the Sartrean morality (a morality that concerns a humanity without God), remembering Dostoyevsky, analysing Garcin's famous quote in Huis clos "L'enfer, c'est les Autres", crticizing Sartre's marxism and questioning (with Frankl's and Sartre's eyes) Brecht's verse "Erst kommt das Fressen, dann kommt die Moral"; at the end of the chapter I include my own reflection (and Frankl and Sartre's critique) about the impunity of the executioners and collaborators after the Holocaust (with God's permission). After the Conclusion, I add an Appendix about the lives of Frankl and Sartre, which helps understanding better their work. KEYWORDS: logotherapy, existentialism, search for meaning, freedom, responsibility, morality, Angst, suffering, survivors, victims, contingency, spirituality, religion, God, hope, antisemitism, guilt, Auschwitz, Holocaust, Shoah. (shrink)

Parmi les courants de pensée française de l'après-guerre, le marxisme joua un rôle très important, en imposant les thèmes par rapport auxquels les philosophes se situèrent. Les débats sur le marxisme ne sont pas séparables de l'existence du pays qui prétendait le réaliser dans toutes les sphères de sa vie. La politique comme une action collective en vue de la transformation de la société par les débats et par l'émancipation n'a pas été développée, ni dans les pays qu'on disait socialistes, (...) ni dans les pays dits 'bourgeois'. En même temps, nous pensons que les intellectuels français de gauche dans l'après-guerre ont considérablement contribué au renouveau de la pensée socialiste. Il y avait ceux qui adhéraient au PCF, et d'autres, comme Jean-Paul Sartre, qui devenaient 'compagnons de route'. D'autres intellectuels encore, comme Cornelius Castoriadis et Claude Lefort, voulaient former des groupuscules indépendants en critiquant la politique du PCF stalinien et du PCI trotskiste. La crise du socialisme réel, les luttes anti-bureaucratiques dans les pays d'Europe de l'Est et la découverte de la vérité sur les camps soviétiques, ont provoqué des ruptures de certains de ces intellectuels avec le marxisme. Les changements démocratiques en ont conduit certains à envisager la perspective d'une révolution démocratique au-delà du 'socialisme réel'."--Page 4 of cover. (shrink)

Der transzendentalen Subjektivität als sinngebender Instanz liegt in der Husserlschen Phänomenologie ein fundamentaler, der Reflexion nicht zugänglicher Bewusstseinsbereich zugrunde: die absolute Subjektivität.Das basale Defizit der epistemisch ausgerichteten Phänomenologie Husserls ist die Unmöglichkeit einer unmittelbaren Selbstreferenzialität in Bezug auf das eigene Selbst-Bewusstsein. Ausgehend von einem ersten Zugang zur Präreflexivität bei Sartre wird auf Grundlage eines radikalisierten phänomenologischen Designs Michel Henrys und Jean-Luc Marions die Struktur dieser basalen Bewusstseinssphäre systematisch entwickelt.

Previously published essays on Sartre by various authors, and texts of conversations between Sartre and the compiler.

Neste texto o autor tem dois objetivos principais e interligados. Por um lado, defende que, embora as principais formas assumidas pela genealogia ao longo da história da filosofia pareçam torná-la impermeável à verdade, há um sentido importante em que a genealogia, especificamente tal como concebida e praticada por Friedrich Nietzsche e Michel Foucault, é uma política da verdade. A Seção II define política da verdade ao mostrar que o genealogista (nietzschiano e foucaultiano) pretende produzir (...) novas verdades que funcionem como forças ético-políticas disruptivas, desestabilizando os modos atuais de pensar e de ser, e criando a possibilidade concreta para o surgimento de novas possibilidades de pensamento e ação. A Seção III, por outro lado, baseia-se nestas ideias para argumentar que os escritos psiquiátricos de Frantz Fanon também podem ser interpretados como práticas genealógicas da verdade. Para fazer isso, não apenas reune evidências mais claras e adicionais para as conclusões da seção II, mas também fornece uma estrutura alternativa para dar sentido à contribuição do próprio Fanon para a teoria crítica interpretada de forma ampla - uma estrutura que não o reduza nem à tradição do materialismo histórico, nem apenas à fenomenologia crítica ou à psiquiatria fenomenológica. Longe de reduzir, por sua vez, o trabalho de Fanon aos escritos genealógicos de Nietzsche ou Foucault, contudo, o autor defende que o objetivo de “fazer a verdade” deste último assume uma forma única nos escritos psiquiátricos de Fanon em virtude de estar explicitamente ligado ao seu projeto de politizar e empoderar os povos colonizados. (shrink)

‘No matter how long I may look at an image, I shall never find anything in it but what I put there. It is in this fact that we find the distinction between an image and a perception.' - Jean-Paul Sartre L’Imagination was published in 1936 when Jean-Paul Sartre was thirty years old. Long out of print, this is the first English translation in many years. The Imagination is Sartre’s first full philosophical work, (...) presenting some of the basic arguments concerning phenomenology, consciousness and intentionality that were to later appear in his master works and be so influential in the course of twentieth-century philosophy. Sartre begins by criticising philosophical theories of the imagination, particularly those of Descartes, Leibniz and Hume, before establishing his central thesis. Imagination does not involve the perception of ‘mental images’ in any literal sense, Sartre argues, yet reveals some of the fundamental capacities of consciousness. He then reviews psychological theories of the imagination, including a fascinating discussion of the work of Henri Bergson. Sartre argues that the ‘classical conception’ is fundamentally flawed because it begins by conceiving of the imagination as being like perception and then seeks, in vain, to re-establish the difference between the two. Sartre concludes with an important chapter on Husserl’s theory of the imagination which, despite sharing the flaws of earlier approaches, signals a new phenomenological way forward in understanding the imagination. The Imagination is essential reading for anyone interested in the philosophy of Jean-Paul Sartre, phenomenology, and the history of twentieth-century philosophy. This new translation includes a helpful historical and philosophical introduction by Kenneth Williford and David Rudrauf. Also included is Maurice Merleau-Ponty’s important review of L’Imagination upon its publication in French in 1936. Translated by Kenneth Williford and David Rudrauf. (shrink)

O artigo analisa os argumentos de Sartre em torno da violência e do reconhecimento de novos sujeitos na política e a sua crítica ao formalismo dos discursos humanistas a partir do “Prefácio” que ele escreveu para Os condenados da terra, de Frantz Fanon. Para isso, o texto se divide em três partes. A primeira, mais histórica, apresenta o trabalho de Sartre como prefaciador e trata das condições que cercam a redação do “Prefácio” para Fanon; a segunda aborda (...) o problema do reconhecimento de outras vozes no contexto político; a última retoma a crítica sartriana às incoerências do humanismo ocidental. A violência atravessa todos os argumentos ao ocupar um papel capital nos trabalhos de Fanon e nas preocupações de Sartre, particularmente entre as décadas de 1950 e 1960. (shrink)

The article discusses Sartre’s the o retical conversion towards Marxism and historical ma t e r ialism. It emphasizes, however, that this conversion has ne v e r implied abandoning certain existentialist conc e p t s. In the Critique of dialectical reason Sartre aimed at defining a new dialectics, in which the subjective and ex i stential dimension is part of the process of economic, political and social transformation.

Para a maior parte dos filósofos o Ego é um “habitante” da consciência. Alguns afirmam sua presença formal no interior dos “Erlebnisse” como um princípio de unificação vazio. Outros – psicólogos na sua maior parte – pensam descobrir sua presença material, como centro de desejos e de atos, a cada momento de nossa vida psíquica. Pretendemos mostrar aqui que o Ego não está nem formalmente nem materialmente na consciência: ele está lá fora, no mundo, é um ser do mundo, como (...) o Ego do outro. (shrink)

Jean-Paul Sartre, at the height of his powers, debates with Italy’s leading intellectuals In 1961, the prolific French intellectual Jean-Paul Sartre was invited to give a talk at the Gramsci Institute in Rome. In attendance were some of Italy’s leading Marxist thinkers, such as Enzo Paci, Cesare Luporini, and Galvano Della Volpe, whose contributions to the long and remarkable discussion that followed are collected in this volume, along with the lecture itself. Sartre posed (...) the question “What is subjectivity?”—a question of renewed importance today to contemporary debates concerning “the subject” in critical theory. This work includes a preface by Michel Kail and Raoul Kirchmayr and an afterword by Fredric Jameson, who makes a rousing case for the continued importance of Sartre’s philosophy. (shrink)

Este artigo pretende mostrar como, a partir da noção de “vizinhança comunicante” estabelecida por Franklin Leopoldo e Silva, poderemos compreender os principais temas da filosofia sartriana e a relação entre eles, tais como a relação entre metafísica e história, sujeito e objeto, (liberdade) absoluta e concreta, e ética e estética. Ao estender a expressão inicialmente cunhada para a relação entre filosofia e literatura em Sartre, pretendemos evidenciar que as noções de ambiguidade e tensão são fundamentais para termos uma chave (...) de leitura para todo o pensamento de Sartre. (shrink)

La transcendance de l’ego signe à la fois l’entrée de Sartre en phénoménologie et la première mise en cause de l’idée de sujet au sein des philosophies du Cogito. En montrant que l’Ego se constitue comme illusion nécessaire, Sartre libère un champ transcendantal déshumanisé, allégé du moi et du psychique, polarisé par ses entours. C’est pourquoi son article sur l’intentionnalité précède cette réédition critique de la Transcendance : ce texte ne prépare pas L’être et le néant mais scelle (...) la redéfinition sartrienne du moi, du monde et de la conscience, puisée dans une lecture rigoureuse de Husserl, mais aussi dirigée contre lui. Le troisième texte de ce volume, Conscience de soi et connaissance de soi, une conférence devenue presque introuvable où se résume une bonne part de L’être et le néant approfondit la visée anti-humaniste de cette théorie inédite du Cogito, qui jette la conscience dans le monde sans jamais les réconcilier. (shrink)

Por um lado, perseguido pela direita, que o levou à prisão política. Por outro, patrulhado pela esquerda. Apesar disso, Bolívar Lamounier sempre manteve a independência intelectual. Neste novo livro, o sociólogo reflete sobre o conflito entre a democracia liberal, o marxismo e o fascismo. Comprovando sua destreza com as palavras, ele enfrenta com coragem os temas mais espinhosos do debate acadêmico brasileiro como o silêncio das esquerdas acerca dos resultados fracassados das revoluções socialistas. Ao final, o livro traz (...) ainda uma valiosa bibliografia comentada, que conta com títulos de nomes como Fernando Henrique Cardoso, Jean-Paul Sartre, Max Weber e Montesquieu. (shrink)

Enciclopédia não está entre os termos mais conhecidos de Michel Foucault. Todavia, ao olhar com atenção para algumas ocorrências desse termo ao longo de sua carreira, com uma especial ênfase aos anos de 1960 e 1970, algo se revela ao leitor atento. O intuito desse texto é discernir esse termo no vocabulário foucaultiano, mostrando sua dupla face. Se por um lado, Foucault se refere tecnicamente à Enciclopédia editada por Denis Diderot e Jean D’Alembert; por outro, ele (...) recorre ao termo sugerindo outra prática que não simplesmente elabora um memorial de nossos saberes, mas ultrapassa essa fronteira na direção do que ele chamará de heterotópico. No primeiro momento, o caráter crítico da abordagem levará a considerações sobre os limites do projeto enciclopédico, e as consequências práticas das políticas de memória e esquecimento que ele implica. Num segundo momento, a partir de fontes importantes como Nietzsche, Freud e Marx, compreenderemos as possibilidades de uma nova dobra na história das técnicas de interpretar, em busca de uma ressignificação foucaultiana das enciclopédias. (shrink)

Este artículo se concentra en la recepción y el legado de Michel Foucault en el ámbito estadounidense, en particular en la Universidad de California, Berkeley (1980-1981 y 1983). Durante ese último año, Foucault formó un seminario de investigación dedicado a esbozar los primeros trazos de una “genealogía del biopoder”. Los trabajos en Berkeley tocaron diversos ejemplos. Sin embargo, ninguno de ellos fue directamente relacionado con lo que, sostengo, describe mejor el funcionamiento contemporáneo del biopoder; esto es, el (...) dispositivo médico-sanitario, o la “medicalización”. Se parte de dos premisas principales: (1) bajo el marco de una discusión acerca de los diversos usos del concepto de biopoder, busco poner de relieve su extraordinario potencial histórico crítico para comprender qué está pasando en este preciso momento; en otras palabras, abonar a eso que Foucault entendió por una “ontología de la actualidad”. (2) Hacer notar que es casi imposible comprender el funcionamiento de esta modalidad de ejercicio del poder sin la intervención del modelo médico, en la medida de su esfera de influencia en las sociedades actuales. Esto último se muestra en casos como el origen -y pervivencia- del Estado asistencial (welfare), los experimentos de eugenesia, las técnicas de reproducción asistida, las políticas públicas de combate a la propagación viral y el consiguiente “temor al contagio” poblacional, la explotación indiscriminada de los alimentos transgénicos y -de manera un poco más prolija-el papel de la medicina genómica preventiva. (shrink)

O artigo propõe uma comparação entre as pesquisas de Michel Foucault e de Wendy Brown a partir das críticas e das complementariedades propostas pela pensadora norte-americana derivadas de sua leitura de _Nascimento da biopolítica_. Inicialmente, a explicação sobre o modo como Foucault escreve suas pesquisas históricas no contexto da sua crítica ao humanismo tem a função de auxiliar a compreensão das diferenças nos papeis intelectuais adotados. A recusa da história dialética aparece ligada, então, às críticas a figura (...) do intelectual universal supostamente capaz de revelar um destino antropológico. É, justamente, no desenvolvimento de um modo arqueológico e genealógico de fazer história que a análise de processos de subjetivação ganha sentido para Foucault. Assim, a interpretação crítica de Brown é contextualizada em relação a metodologia foucaultiana. Além da leitura de Brown da análise foucaultiana dos processos de subjetivação neoliberais, no desenvolvimento do artigo, são analisados os argumentos próprios da autora sobre os impactos da racionalidade neoliberal nas forças políticas do presente. Por fim, busca-se apontar os ganhos e os perigos das duas perspectivas em relação ao papel intelectual que sustentam. (shrink)

No ensaio Que é a literatura? publicado originalmente em 1947, Jean-Paul Sartredesenvolve os seus argumentos em resposta às duras críticas que recebia em razão do princípiodo engajamento característico de suas obras literárias. Esses críticos entendiam que Sartreutilizava a literatura como pretexto para propagar e defender suas teses políticas e filosóficas,produzindo assim um tipo de literatura engajada, distorcendo e empobrecendo o sentido nobreda arte das belles-lettres. Em resposta a essas críticas, a intenção de Sartre é fazer uma exaltaçãoda (...) literatura, compreendendo-a como um livre desvendamento do sentido de mundo por meiode um objeto imaginário, um pacto de generosidade entre autor e leitor. Com objetivo dediscutir o sentido filosófico da literatura, este artigo se fundamenta na ontologiafenomenológica de Sartre e nos argumentos apresentados pelo autor em resposta a seus críticos,apresentando o princípio de engajamento a partir do conceito de intencionalidade daconsciência e o sentido fenomenológico da imaginação, entendendo que se trata de umadiscussão que embasa filosoficamente o entendimento do autor sobre o que é a literatura e suaimportância para a constituição da subjetividade e afirmação da liberdade. (shrink)

Jean-Paul Sartre: Mind and Body, Word and Deed celebrates Sartre's polyvalence with an examination of Sartrean philosophy, literature, and politics. In four distinct yet related sections, twelve scholars from three continents examine Sartre's thought, writing and action over his long career. "Sartre and the Body" reappraises Sartre's work in dialogue with other philosophers past and present, including Maine de Biran, Maurice Merleau-Ponty and Didier Anzieu. "Sartre and Time" offers a first-hand account by (...) Michel Contat of Sartre and Beauvoir working together, and a "philosophy in practice" analysis by François Noudelmann. "Ideology and Politics" uses Sartrean notions of commitment and engagement to address modern and contemporary politics, including insights into Castro, De Gaulle, Sarkozy and Obama. Finally, an important but neglected episode of Sartre's life the visit that he and Beauvoir made to Japan in 1966 is narrated with verve and humour by Professor Suzuki Michihiko, who first met Sartre during that visit and remained in touch subsequently. Taken together, these twelve chapters make a strong case for the continued relevance of Sartre today. (shrink)

Pretende-se analisar como, no pensamento de Michel Foucault, a investigação em torno da ética do cuidado de si pode ser lida como desdobramento da ideia de governamentalidade, problematizada a partir de 1978; procura-se indicar, ainda, que essa ética do cuidado de si é a condição do governo político dos outros, na leitura da tradição socrática, o que possibilita uma revisitação da política. Mas, desde a avaliação que Foucault faz da figura de Sócrates em relação à (...) class='Hi'>política ateniense até seu diagnóstico da política contemporânea, essa revisitação tem sido conflitante, pelo menos quando se trata da constatação da maneira como as instituições políticas cuidam dos cidadãos. Esse conflito beira ao paradoxo, posto que, ao mesmo tempo em que a biopolítica afirma uma política da vida, no sentido de proporcionar seu cuidado, preservação, longevidade, observa-se também a atuação de uma política sobre a vida, enquanto vida controlada e submetida ao biopoder. Essa discrepância entre dispositivos discursivos e práticas efetivas demonstra uma ausência do cuidado da verdade, entendido aqui como coerência entre o que se diz e o que se faz. Enquanto desdobramento do cuidado de si, o cuidado da verdade pode ser interpretado como uma chave de leitura fundamental para o diagnóstico dos riscos e perigos que ameaçam recorrentemente a vida humana. (shrink)

O artigo busca refletir sobre a trajetória do filósofo francês Jean-Paul Sartre e sobre os elementos encontrados em suas reflexões que podem inspirar um fazer para a psicologia clínica no contemporâneo. Neste esforço, partiremos de um olhar para a biografia de Sartre desde seus primeiros anos até a compreensão da inexorável conexão entre existente e mundo. Olhando para a noção de engajamento defendida por Sartre, apontaremos para algumas questões políticas e sociais as quais ele correspondeu (...) em seu tempo. Em seguida, olharemos para questões contemporâneas que suas proposições nos auxiliam a pensar e em como sua filosofia nos acena para caminhos possíveis para um fazer clínico que seja engajado no horizonte histórico que é o nosso. (shrink)

O artigo analisa os pressupostos para a questão da existência de uma ética em Jean-Paul Sartre. Para tanto, discute a relação da forma ensaística com o pensamento de Sartre, especialmente em L’être et le néante se debate a pertinência da noção de autenticidade, questionando-a a partir da crítica da noção de origem. A partir desses dois temas, a pergunta sobre uma ética sartriana é posta sob duas dimensões irredutíveis: impossibilidade de se efetivar enquanto tal e, ao (...) mesmo tempo, exigência da questão ética em qualquer reflexão sobre a filosofia de Sartre. Por fim, o problema moral, com seus paradoxos e suas exigências, ainda se mostra como a privilegiada alternativa de uma contemporaneidade para o existencialismo. (shrink)