Abstract
Nossa perspectiva aqui é a de uma estética social do futebol, no âmbito da Teoria Crítica da sociedade. Tomamos o futebol como “cifra” da imagem social em duas frentes do seu processo de modernização e profissionalização: a indústria cultural no futebol e a formação da personalidade autoritária nas torcidas organizadas, o fascismo no futebol. Num esforço por interpretar aquilo que estes fenômenos deformam, apontamos uma certa “paixão do real” – expressão de Pasolini – que explica também a acessibilidade universal deste esporte, sua permeabilidade a toda cultura. Com isso defendemos a tese, parafraseando Adorno, de que atualmente a filosofia do futebol só é possível como filosofia do moderno futebol.