Abstract
O presente artigo apresenta breves reflexões sobre o ensino de filosofia e seus desafios na sociedade do desconhecimento. Levando em consideração o cenário da sociedade atual, onde cada vez mais os jovens estão conectados e cada vez menos preocupados com o tipo de conteúdo que estão recebendo pelas redes, sobretudo sobre a veracidade das informações. Uma postura de indiferença diante dos fatos que nos cercam, gera um sinal de alerta em relação a como iremos lidar com problemas complexos no futuro, uma vez que as soluções superficiais se tornam uma possibilidade mais atrativa aos jovens que utilizam as mais diversas redes. A sociedade do desconhecimento apresenta as fragilidades da atualidade, além de propor que o uso cada vez menos reflexivo dos meios de informações disponíveis e a incerteza dos seres humanos sobre o futuro, são capazes de impulsionar uma sociedade onde as plataformas nos controlam e limitam nossa busca por conhecimento. Por fim, sugerimos que o ensino de filosofia na educação básica tem potencial emancipador, por contribuir na formação da criticidade e especialmente por conduzir os jovens a não aceitação de repostas prontas e superficiais para problemas complexos, que demandam uma postura mais rigorosa na verificação dos fatos. Apesar dos desafios encontrados diante das reformas e incertezas sobre o futuro da filosofia na escola básica, a luta por sua manutenção é uma das defesas estabelecidas ao fim deste trabalho.