Abstract
A formação de colônias de estrangeiros no Paraná, durante o século XIX, foi explicada pela historiografia local em virtude da necessidade de formação de uma agricultura de abastecimento e de uma suposta carestia de gêneros alimentícios. Para embasar tal linha argumentativa, utilizou-se a manifestação de um empresário colonizador: o suíço Carlos Perret Gentil, fundador da Colônia do Superagui. O objetivo deste trabalho é discorrer sobre suas ideias a respeito de colonização europeia e agricultura no Paraná dos oitocentos e a posterior apropriação de tais relatos pela historiografia paranaense, para explicação e formação de sentido histórico dos acontecimentos narrados.