Abstract
Este artigo propõe considerações sobre o conceito de experiência [Erfahrung] a partir do texto Experiência e Pobreza, de Walter Benjamin, publicado em 1933, no qual o intelectual alemão desenvolve argumentos relacionados à experiência e à cultura observando o desenvolvimento tecnológico a partir da modernidade do século XIX, e sugere que haveria um “empobrecimento da experiência”, fazendo referência ao que chama de “cultura de vidro”. Articula-se essa leitura ao que tem sido chamado de “cultura de telas” - momento em que a tecnologia exige contato permanente com as telas dos dispositivos eletrônicos que se tornam, cada vez mais, extensões do corpo e da mente humanos. Ao final, fornece observações que permitem propor novas perspectivas sobre um suposto “empobrecimento” ou surgimento de novas formas de experiência a partir do uso desses dispositivos.