O encontro com o outro em Jean-Paul Sartre

Griot : Revista de Filosofia 8 (2):55-71 (2013)
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Abstract

É através do olhar que se inicia a relação com o outro. Em O Ser e o Nada, Sartre usa o exemplo da vergonha como um modo de ser da consciência na qual o outro surge como mediador do Para-si consigo mesmo, pois sinto vergonha de mim tal como apareço ao outro. Existe uma conexão entre mim e o outro, diferente de minha relação com os objetos. Quando sou visto, tenho consciência de mim, mas não sou o meu próprio fundamento, tenho meu fundamento fora de mim através do outro. Pelo olhar, vivo a alienação de minhas possibilidades, pois o outro me objetiva. Ao ser objetivado, adquiro uma dimensão de exterioridade como se eu tivesse uma essência. Mas o homem por si mesmo não tem acesso à sua essência. A existência e a liberdade do outro me ameaçam, pois tendem a me imobilizar no Em-si. Entretanto, não coincido com a sua apreensão de mim, pois não posso me olhar como o outro me olha. Será sempre indecifrável para mim. Mas a qualquer momento posso devolver o olhar do outro, assim, colocando a mim mesmo em minha própria liberdade e afrontando a liberdade do outro.

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