O rosto como expressão na filosofia de Emmanuel Lévinas
Abstract
Lévinas é conhecido como pensador da alteridade, propõe um resgate à subjetividade e responsabilidade por outrem. Propomos nessa pesquisa analisar o “rosto” levinasiano, um dos elementos mais originais de sua filosofia. O rosto é a base de sua ética da alteridade. O rosto é a abertura para o infinito do ser, é discurso, é nudez, é expressão. A expressão do rosto é palavra viva, é o modo como Outro se apresenta a mim, nu e indigente. A expressão não se produz como a manifestação de um forma plástica, ligados a um sistema de comparação, não se resume a características físicas, mas é o modo como o Outro se apresenta a mim. O rosto é o que escapa a qualquer manifestação que possa ser enquadrada por uma fenomenologia. Não há, em sentido habitual, uma fenomenologia do rosto