Abstract
O objetivo deste artigo é refletir sobre a estrutura da revolução digital, a partir da influência das _Big Techs_ sobre o comportamento das pessoas e das sociedades. Para compreender isto, analisaremos, primeiramente, a infraestrutura do sistema, destacando a internet, a relação de hiperconectividade e o uso de _Big Data_, o que se apresenta, conforme Floridi, como o ambiente da hiperistória e o modo de vida _onlife_. Em seguida, abordaremos a manipulação algorítmica na modulação comportamental, exemplificando-a na política e na economia, discutindo _microtargeting_ e sistemas gerenciais de algoritmos nocivos, os ADM. Seguido de uma reflexão crítica sobre a interface dessa estrutura com a economia digital, chegaremos no colonialismo digital e no colonialismo de dados. Por fim, sugiro a participação mais incisiva do pensamento filosófico sobre esta estrutura que governa dimensões cada vez mais profundas da existência humana, tanto na forma de um novo paradigma ético da informação, como na construção de conceitos em oposição a aspectos da estrutura.